Abrir mão de um negócio é quase um tabu. Ainda mais depois dos 40, quando o mundo espera que a gente esteja “estável”, “resolvida”, “consolidada”. Mas e quando aquilo que era pra ser o nosso projeto de vida vira uma prisão silenciosa? E quando o que era pra dar orgulho só gera peso?
Foi assim que me senti por um tempo: sufocada por algo que já não fazia mais sentido. Um negócio que nasceu do amor pelos animais e cresceu com esforço, mas que, com o tempo, deixou de me inspirar. E eu fui ficando exausta. Não fisicamente, mas emocionalmente. A alma cansada, o peito apertado, os dias parecendo iguais. Um esgotamento silencioso, invisível aos olhos dos outros — e até aos meus, por um tempo.
Demorou, mas eu entendi: eu estava adoecendo por dentro. E o que parecia coragem — continuar a todo custo — na verdade era medo. Medo de largar. Medo de desapontar. Medo de recomeçar.
Mas recomecei.
🌬️ Soltar não é fracassar — é sobreviver
Quando finalmente tive forças para soltar, senti um alívio que há muito tempo não conhecia. Claro que tive medo. Claro que vieram as dúvidas. Mas também veio algo novo: leveza.
Pela primeira vez em anos, senti que estava escolhendo por mim — não por obrigação, não por medo, não para agradar ninguém.
A decisão de encerrar aquele ciclo foi, antes de tudo, um ato de amor-próprio. E não, não foi fácil. Dizer adeus a algo que levou tempo, suor e investimento não se faz sem dor. Mas existe uma dor boa: a dor da libertação. E foi nela que mergulhei.
💡 A saúde mental também mora nas escolhas
Aos poucos, fui sentindo a cabeça desanuviar. O sono melhorou. O humor também. Voltei a ter ideias, vontade, brilho nos olhos. E mais importante: voltei a me ouvir.
A saúde mental não mora só na meditação, no autocuidado, no remédio ou na terapia (apesar de todos serem válidos e necessários). Ela mora, também, nas decisões difíceis. Na coragem de dizer “isso aqui não serve mais pra mim”.
Foi nessa escolha — tão íntima, tão radical, tão minha — que comecei a voltar pra mim mesma.
🔥 Hoje, me dedico ao que realmente me inspira
Troquei aquele negócio que não me representava mais por algo que pulsa com o que sou hoje: meu blog e o universo do marketing digital.
Hoje escrevo para mulheres como eu: intensas, questionadoras, em fase de transição. Mulheres que não querem mais se calar. Mulheres que já viveram muito, mas ainda têm sede de viver mais — e melhor.
E é nesse espaço que me reencontro. Que me expresso. Que transbordo. Porque viver uma vida com verdade também é medicina. E eu escolhi me curar escrevendo, compartilhando, me conectando com outras lobas que, assim como eu, sabem que recomeçar nunca é tarde — é necessário.
💬 Me conta: o que você precisou soltar pra se reencontrar?
Você não está sozinha nessa. Aqui, a gente não precisa dar conta de tudo. Só de ser real. Se quiser, o blog tá de portas abertas com outros textos íntimos, viscerais, sem retoques. Te espero por lá. 💜🐺