Fase da loba: uma travessia entre o que fui e o que sou 🐺
Hoje, aos 40 e poucos anos, vivendo minha fase da loba, posso dizer com certa leveza:
eu me tornei a mulher que minha versão de 20 anos precisava.
Não é sobre estar “plena” o tempo todo, nem sobre ter respostas para tudo.
É sobre olhar pra dentro e perceber que, mesmo cheia de cicatrizes e contradições, eu me tornei um lugar seguro pra mim mesma.
Aos 20, eu queria ser aceita. Queria caber. Queria parecer forte, mesmo me sentindo quebrada por dentro.
E nessa pressa por provar algo — a mim ou ao mundo — deixei de me acolher muitas vezes.
Mas o tempo, com toda sua rudeza e generosidade, foi me mostrando outro caminho.
Aos poucos, fui me aproximando da mulher loba que existia em mim.
Mulher de 40 anos: ainda me perco, mas sei voltar 🔄
Nem tudo mudou. Eu ainda me confundo, me cobro, me comparo.
Mas agora, na maturidade feminina, existe em mim uma bússola mais afinada.
Se antes eu me perdia e me machucava tentando voltar, hoje eu sei respirar fundo, fechar os olhos e escutar meu próprio caminho.
A loba que me habita não ruge todos os dias. Às vezes, ela só observa em silêncio, esperando a hora certa de se mover.
E isso também é força.
Entre silêncios e descobertas: o som da loba em mim
Na fase da loba, aprendi a lidar com pausas, silêncios e momentos em que não há nada para provar.
Há dias em que tudo parece estagnado, e ainda assim há vida me atravessando.
Talvez isso seja maturidade: não correr o tempo todo.
É ter coragem de parar e ainda assim permanecer firme dentro de si.
Tempo de loba: sou o colo que aquela menina precisava 🤍
Se eu pudesse sentar frente a frente com a garota de 20 que eu fui, não tentaria salvá-la.
Eu a escutaria. Sem pressa, sem julgamentos.
Diria:
“Você vai sobreviver. E mais do que isso, vai florescer.”
Eu não mudaria suas decisões — nem mesmo as ruins. Porque foram elas que me trouxeram até aqui.
Cada erro, cada não, cada amor que machucou… tudo isso me moldou.
Hoje, eu sou o colo que ela tanto procurava nos outros.
Eu sou a presença que ela precisava quando chorava escondida.
Eu sou a mulher que ela sonhava ser, mesmo sem saber como.
Maturidade feminina: entre quedas, conquistas e reconciliações 🌿
Essa fase da vida — a tal fase da loba — é menos sobre conquistas externas e mais sobre reconciliação interna.
Reconciliar com o corpo, com o tempo, com os medos antigos que ainda ecoam.
É estranho perceber que amadurecer não é virar alguém diferente, mas sim voltar pra si com mais verdade.
Hoje, não preciso mais pedir permissão pra existir do meu jeito.
E talvez essa seja a maior liberdade da maturidade: não precisar caber em moldes que nunca foram feitos pra mim.
Viver a loba: uma carta de amor entre o passado e o presente ✨
Este texto é uma carta para mim mesma.
Para honrar a caminhada. Para lembrar que eu não cheguei aqui por acaso — nem sozinha.
Carrego comigo a menina de 20, a mulher de 30, todas as versões que já fui.
Elas andam comigo. E agora que sei disso, me permito ser inteira.
Não perfeita, não constante — mas inteira.
Então, se você também está vivendo o tempo da loba e às vezes se pergunta “como cheguei até aqui?”,
lembre-se:
você já é a mulher que aquela versão mais jovem precisava.
E talvez, hoje, tudo o que ela queria ouvir é o que você pode dizer agora:
“Eu não desisti de nós.”
Está vivendo sua fase da loba também?
Cada mulher tem sua história, suas versões, suas cicatrizes. E talvez você também esteja se tornando a mulher que tanto precisava.
Compartilha comigo: o que você diria à sua versão de 20 anos?
Deixa nos comentários 💌 Quero receber as reflexões