🌪️ Radiância em meio ao caos? Nem sempre, mas sigo tentando

Tem dias que levantar da cama já é um ato de coragem. Tem manhãs em que o espelho me encara com a mesma exaustão que carrego nos ombros. Tem fases em que o caos vira rotina — e se sentir radiante parece um luxo inalcançável.

E é exatamente sobre esses dias que quero falar com você.

Sou mulher, 40+, virginiana, casada, dona de casa e empreendedora digital em home office. Tenho três cães que me chamam mais do que o celular, um check-list eterno de tarefas domésticas e profissionais, e uma cobrança interna que, às vezes, chega a doer fisicamente. A tal da “radiância” não pousa suavemente no meu colo entre uma louça e outra. Na maioria das vezes, ela precisa ser arrancada das entranhas — ou simplesmente deixada de lado para sobreviver mais um dia.

💭 A ideia de beleza que nos prometeram

Nos ensinaram que uma mulher bonita é aquela que sorri, que está sempre bem cuidada, perfumada, plena. Mas não disseram que a beleza real se encontra muitas vezes de olhos inchados, cabelo preso de qualquer jeito e uma exaustão que só quem carrega o mundo entende.

A minha beleza, hoje, é outra. É uma beleza que sabe dizer “não dá agora”. Que entende que se cuidar nem sempre é sobre skincare ou maquiagem — mas sobre respirar fundo, aceitar o cansaço e não se punir por ele.

☕ Radiância também mora no intervalo

Nesses dias de caos, eu reaprendi a encontrar brilho em detalhes que não aparecem nas redes sociais:

  • No café tomado quente antes que esfrie.
  • Em cinco minutos de sol na varanda sem o celular na mão.
  • Na música que toca enquanto dou conta de mais uma tarefa.
  • No banho tomado em silêncio, como se fosse um ritual de volta pra mim.

A radiância que me interessa hoje é silenciosa. Ela não precisa ser vista, validada, nem comentada. Ela só precisa ser sentida — por mim.

🧘‍♀️ Me cuidar virou resistência

Me manter inteira em dias fragmentados se tornou um ato político, quase. Me olhar com carinho mesmo quando estou aos cacos, também. Eu não estou falando de positividade tóxica — estou falando de me dar permissão para não ser tudo ao mesmo tempo. Estou falando de aceitar que, às vezes, ser radiante é apenas conseguir passar o dia sem me perder de mim.

Ser radiante, na idade da loba, não é sobre parecer bonita. É sobre me expressar de dentro pra fora. É sobre me permitir parar, recomeçar, recuar. É sobre saber que minha luz não depende do cenário — e sim da centelha que insisto em proteger, mesmo nos dias mais escuros.

💬 E você, loba?

Como anda a sua luz? Em que cantos do caos você tem se encontrado? Compartilha comigo nos comentários ou me escreve. Às vezes, uma frase sua me ilumina num dia cinza — e talvez a minha também te alcance aí.

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