Um relato sobre o silêncio que liberta, a maturidade que acolhe e a liberdade de ser quem se é — sem justificativas.
Eu cansei de me justificar até quando respirava 💨
Tem uma hora na vida — e pra mim foi depois dos 40 — em que a gente se dá conta de que passou anos tentando caber. Caber nos espaços, caber nas expectativas, caber nos silêncios. E o mais cruel: a gente faz isso sorrindo, achando que está “sendo madura”, “mantendo a harmonia”, “fazendo o certo”.
Só que chega o tempo da loba. E com ele, vem essa vontade de respirar inteira, sem pedir licença.
Eu cansei de explicar por que escolhi não ter mais filhos.
Cansei de justificar por que gosto de ficar sozinha às vezes.
Cansei de fazer cara boa pra manter a imagem da mulher “agradável”.
Não sou antipática. Só não me esforço mais para parecer algo que não sou.
O tempo da loba exige coragem pra ser honesta 💬
Tem dias em que eu acordo de mau humor. Tem fases em que me sinto perdida, em que questiono até o que parecia resolvido. E tem momentos — cada vez mais frequentes — em que eu simplesmente não quero me explicar.
Porque ser mulher loba é isso: parar de gastar energia justificando o que se sente, o que se quer, o que se vive.
Eu não sou uma versão editada de mim mesma. Não sou só as partes bonitas, as frases inteligentes, o corpo que “ainda dá um caldo”.
Sou os erros, as falas atravessadas, os silêncios longos.
Sou a que muda de ideia, a que se contradiz, a que precisa de espaço.
E tá tudo bem. Aliás, tá mais que bem.
Quando a liberdade vira um ato silencioso 🌕
Você já notou como parar de se explicar assusta os outros?
Quando a gente diz “não quero” sem dar motivo, a sala silencia.
Quando a gente diz “não gosto disso” sem se desculpar, tem quem ache que virou arrogância.
Mas não. É só liberdade. E liberdade, pra quem sempre viveu tentando agradar, soa como afronta.
O mais curioso? Quando parei de me justificar, comecei a atrair quem realmente me entende.
As relações ficaram mais leves. Os encontros mais verdadeiros.
E o silêncio… ah, o silêncio deixou de ser desconforto. Virou descanso.
Eu escolhi ser inteira, mesmo quando não gostam ❤️🔥
Parar de me explicar não quer dizer que parei de me importar. Só que agora eu me importo com o que realmente importa: estar em paz comigo.
Hoje, se algo me incomoda, eu digo.
Se algo me emociona, eu choro.
Se algo me afasta, eu me retiro.
Sem culpas, sem teatrinho, sem justificativas longas.
Porque o tempo de loba é também o tempo de confiar em si. De saber que você não precisa ser entendida o tempo todo para estar certa. De perceber que sua verdade não precisa de legenda.
Um caminho sem volta🛣️
Depois que a gente experimenta o gosto de ser quem é — sem moldar, sem suavizar, sem explicar —, não tem mais volta.
Pode dar medo no começo.
Pode afastar alguns.
Mas aproxima tanto de si mesma que vale cada desconforto no caminho.
Hoje, mais do que nunca, eu me escolho.
E deixo que os outros me escolham… se quiserem.
Mas explicações?
Só dou quando sinto que é por amor — e não por obrigação.
E você, loba? 💬
Qual foi o momento em que percebeu que estava se explicando demais?
O que mudou quando começou a ser mais honesta consigo mesma?
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