Categoria: Loba Livre
✨ Eu amo minha vida a dois, mas preciso da minha vida comigo
Sou casada, sim. Vivo uma relação madura, cúmplice, construída com amor e respeito. Mas, ainda assim, preciso de mim. Preciso de momentos em que não sou “nós”. Em que não sou par. Em que sou só eu — com minhas vontades, meu silêncio, minha respiração mais funda.
Aprendi, com o tempo, que o amor não anula o indivíduo. Que o verdadeiro encontro acontece quando duas pessoas inteiras escolhem estar juntas — e não quando uma se perde dentro da outra.
Essa liberdade de existir como mulher, além do papel de companheira, não é apenas saudável. É vital.
💬 A solitude que me devolve para mim
Ficar sozinha nunca foi ausência. Foi retorno.
Quando eu saio para caminhar sozinha, sento em um café ou assisto a um filme só comigo, eu não estou “sem companhia” — eu sou a minha companhia. E gosto dela. Gosto dessa mulher que tenho me tornado aos 44: mais consciente, mais seletiva, mais inteira.
A solitude me conecta com meu centro. Com minha intuição. Com o barulho e o silêncio que só eu entendo. É nesses momentos que eu volto a ouvir minha própria voz — sem as interferências do mundo, da rotina, das cobranças.
🍷 Um brinde à liberdade emocional
Outro dia, saí com uma amiga querida. Só nós duas. Rimos alto, dividimos memórias, brindamos à coragem de continuarmos nos escolhendo apesar do cansaço da vida. E eu voltei para casa mais leve. Mais viva.
Foi uma noite comum — mas profundamente necessária. Aquelas trocas que lembram quem a gente é para além dos papéis que nos deram ou que a gente aceitou por tanto tempo.
Esses momentos — com amigas, sozinha, com um livro, com música — não são fugas. São reconexões. E é por isso que faço questão de mantê-los vivos na minha rotina.
🐺 Sou casada, mas não abro mão de mim
Não acredito mais naquela ideia de que, para o amor dar certo, é preciso estar sempre junto. Acredito em respeito. Em admiração. Em espaço. E principalmente: em presença com qualidade.
Se estou inteira comigo, chego inteira para ela. Se me escuto, escuto melhor. Se me respeito, sei colocar limites. Isso é amor também.
E ser livre dentro de uma relação é, para mim, o que sustenta o desejo, a parceria, a permanência. Não há “nós” sem “eu”.
❤️ Me viver também é amar
Reservar um tempo só meu não é negligência. É autocuidado. É me lembrar, dia após dia, que eu existo. Que eu sou. Que minha vida tem ritmo, cor, cheiro e histórias que não dependem de ninguém para serem legítimas.
A liberdade de viver experiências individuais me fortalece como mulher — e fortalece meu casamento. Porque quem se vive, se oferece com mais verdade. Com menos carência. Com mais presença.
Não me perco no amor. Me reencontro dentro dele. Mas antes, me reencontro em mim.
E você, loba, tem se dado esse tempo só seu?