🛌 A cama tá logo ali. Mas eu não posso deitar.

Hoje eu acordei com um buraco seco no peito.
Não tem drama — tem realidade.
Levantei às seis, porque sim, porque tenho que.
O Blue e o Otto, dois dos meus três cães, estavam me esperando. Eles seguem o instinto. Eu sigo a agenda.

Fiz café com a alma meio desligada. Liguei o notebook. Abri o Trello. Respirei fundo.
A casa está silenciosa. A chuva cai lá fora. E esse ventinho frio que entra pela janela quase me convence a deitar de novo.

Mas eu não posso.
E é isso que mais me cansa.
A cama tá ali. Eu tô em casa. Mas não posso parar.
Porque a vida cobra — mesmo aqui, mesmo sem trânsito, sem chefe, sem crachá.
Talvez até mais.


Trabalhar em casa deveria ser mais leve… né?

Mas às vezes parece prisão com sofá.
O corpo pede pausa, mas a mente grita: “você não tem esse luxo”.
E eu escuto.
Mesmo sem querer.
Mesmo sabendo que tô esgotada — numa segunda-feira, às 7h30 da manhã.

🌧️ A chuva me distrai por uns segundos.
A terra molhada. O cheiro. A natureza crua lá fora.
Eu moro num lugar bonito, selvagem, livre.
E mesmo assim… eu me sinto presa.

Presa em mim.
Nas expectativas.
Nas promessas que eu mesma fiz.
“Hoje vai ser produtivo.”
“Hoje eu vou render.”
Hoje… eu só queria parar.


🧠 Mas o mundo não para pra esperar meu cansaço

A lista de tarefas não se apaga com o meu corpo mole.
A vida não quer saber da minha cabeça nublada.
Ser mulher de 40+ é seguir mesmo quando tudo dentro da gente grita “basta”.

Eu tento ser gentil comigo. Juro.
Mas tem dias que até isso exige uma força que eu não tenho.

Então, eu fico aqui.
Sentada.
Com o note aberto.
O café esfriando.
E o coração meio lento.

O dia mal começou, e eu já tô sentindo o peso.
Mas tudo bem…
Eu tô aqui. E às vezes, só isso, já é muito.

Talvez você também esteja assim — tentando existir no meio do caos calado.
Se o seu dia também começou assim… comenta aqui. Vamos respirar juntas.

Deixe um comentário